A Sustança do Amor
Amar é, antes de tudo, uma decisão. Decdir estar com alguém, estar com alguém; não apenas porque gosta.
É uma decisão, e por isso, deve ser racional – amor não é paixão. Paixão se sente, amor se vive. Paixão é inconsciente, amor é consciente, fruto das nossas escolhas diárias. Escolher abrir mão daquilo que quer, daquilo que pensa.
Escolher esquecer os erros de alguém, acalmar-se na hora da raiva, pensar duas vezes antes de tomar alguma atitude; porque, em um amor, não existem duas pessoas, mas sim um casal.
O amor só existe quando se fala em casal, quando se fala em um; união. É tomar decisões não pensando em si, mas
Derrubar seus paradigmas, quebrar barreiras, saltar muralhas – isso tudo o amor é capaz de fazer – não a paixão.
O amor é aquele que se fortalece não depois das dificuldades, mas durante elas. O amor é aquele que faz parar as discussões, e nos faz olhar um para o outro – e, repentinamente, ambos resolverem abrir mão do que querem, e assim, chegar num consenso.
Quando a discussão pára no meio para ‘não-brigar’, não existe amor. O amor é aquele que nos leva a uma compreensão do que o outro quer. Pra quê? Pra viver em comunhão.
É, o amor também é comunhão. Na verdade, a comunhão é a principal parte do amor. Comunhão pressupõe harmonia – não paz. Comunhão pressupõe a busca de algo maior, superior; algo ideal, na prática, inalcançável.
E, a inalcançabilidade, não provoca desilusão, mas força. Porque, quando ambos se unem por esse ideal, um dá suporte ao outro. E isso é comunhão.
Indo mais longe, não há comunhão entre duas pessoas. A comunhão depende, necessariamente, de se ter três membros: ele, ela e Ele. Sem Ele, não há base, não há sustança, como diziam os antigos.
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