segunda-feira, 6 de julho de 2009

Devaneios

E, de vez em quando, me pego pensando em você; como se não conversássemos todo dia. É esquisito, estamos sempre tão próximos, mesmo tão distantes; sei tanta coisa de você, mesmo sem saber nada. E, quando estou na moto, dirigindo, voltando pra casa, já quase de madrugada, a única coisa que eu queria mesmo eram seus braços me envolvendo ali. Sentir seu corpo se aconchegando ao meu pra se proteger do vento cortante.

Aí, meus sonhos vão longe; enquanto acelero a moto, e sinto o frio querendo cortar meu rosto, minha imaginação ganha asas, já sonho em cinco, dez anos pra frente, já estarmos juntos, numa relação duradoura, te conhecer como não conheço mais ninguém, e, lá na frente, pensar como, naquele dia, lá atrás, sonhei com isso como se fosse irreal.

Mas aí, ao longe, um sinal fecha, me acordando do meu devaneio;
e, enquanto desacelero, volto ao presente.

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